Uso de inteligência artificial para substituir professores é alvo de críticas e denúncias ao governo de Tarcísio de Freitas.

O governo de Tarcísio de Freitas (Republicanos) tomou uma decisão polêmica ao optar pelo uso de inteligência artificial para produzir aulas digitais, substituindo assim os professores. Especialistas em educação e políticos de oposição criticaram fortemente essa medida, afirmando que ela coloca em risco a qualidade do ensino e a autonomia pedagógica dos educadores.

Segundo a Folha, a Secretaria de Educação, comandada por Renato Feder, decidiu que as aulas não serão mais elaboradas por professores especialistas, mas sim por ChatGPT, uma ferramenta de inteligência artificial. Os professores, por sua vez, terão a função de avaliar as aulas geradas e fazer os ajustes necessários.

Para Bernardo Soares, pesquisador em educação e tecnologia, o uso da inteligência artificial para produzir aulas não é adequado, pois tal ferramenta não possui o conhecimento necessário sobre como ensinar e conduzir uma aula da forma mais eficaz.

Mesmo diante das críticas, o governador defendeu a decisão, alegando que a tecnologia não deve ser ignorada. No entanto, Soares ressalta que a medida retira dos professores a função de elaborar o conteúdo a ser ensinado, o que pode comprometer a qualidade da educação.

Além disso, especialistas alertam que o uso de inteligência artificial para produzir materiais educacionais pode resultar em plágio e em conteúdos sem veracidade, o que pode acarretar em problemas judiciais e custos extras ao governo.

Diante do cenário de polêmica e críticas, um grupo de políticos do PSOL solicitou ao Ministério Público que investigue o caso. Enquanto isso, a Secretaria de Educação informa que o processo de uso do ChatGPT ainda está em fase de teste, mas os professores já receberam orientações sobre como devem trabalhar a partir de agora.

Essa medida do governo de São Paulo faz parte de uma série de ações de digitalização do ensino adotadas desde a gestão de Tarcísio. Porém, a substituição de professores por inteligência artificial levanta questionamentos sobre o papel do educador e a qualidade do ensino no estado.

Artigos relacionados

Botão Voltar ao topo