Conselho Nacional de Educação aprova flexibilização do ano letivo no RS devido às fortes chuvas e autoriza aulas remotas

O Conselho Nacional de Educação (CNE) aprovou um parecer que traz medidas emergenciais para as redes de ensino do Rio Grande do Sul, que foram severamente afetadas pelas intensas chuvas que atingiram o estado. De acordo com o documento aprovado nesta quinta-feira (09), as escolas não serão obrigadas a cumprir os 200 dias letivos de aula neste ano e poderão utilizar o ano de 2025 para compensar as aprendizagens perdidas.

Além disso, o parecer também autoriza a realização de aulas remotas para os estudantes, visando garantir a continuidade do aprendizado mesmo diante do cenário desafiador provocado pelas enchentes. As medidas emergenciais também se estendem ao ensino superior, com a prorrogação por dois anos para a entrega dos trabalhos de conclusão de curso (TCC) e a suspensão dos processos de supervisão e avaliação das instituições de ensino.

Estas medidas se aplicam a todas as instituições de ensino do estado, sejam públicas ou privadas. Estima-se que cerca de 1.033 escolas tenham sido afetadas pelas enchentes, afetando aproximadamente 350 mil estudantes em 230 municípios. Para lidar com a situação, muitos prédios escolares estão sendo utilizados como abrigos para as vítimas das chuvas.

O governo do Rio Grande do Sul, em meio a este cenário desolador, reconhece o desafio significativo enfrentado pelas instituições de ensino e destaca a necessidade de reorganizar o calendário escolar. O CNE ressalta a importância da ampla articulação com o Ministério da Educação para encontrar soluções para a situação atual.

Além disso, o parecer permite que a carga horária mínima seja cumprida de forma presencial após o término da calamidade, e por atividades não presenciais durante e após a tragédia. Essas atividades poderão ser integralmente utilizadas em situações em que haja suspensão das atividades presenciais por determinação das autoridades locais, ou em condições sanitárias locais que representem riscos à segurança das atividades presenciais. A homologação do parecer pelo Ministério da Educação é aguardada após a assinatura do ministro Camilo Santana.

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