Projeto de adoção compartilhada de grupo de irmãos é aprovado pela CDH com prioridade nos cadastros de interessados.

Na última terça-feira (16), a Comissão de Direitos Humanos (CDH) aprovou um projeto que tem como objetivo dar prioridade aos cadastros de interessados na adoção compartilhada de grupo de irmãos. A proposta, apresentada pelo senador Confúcio Moura (MDB-RO), recebeu parecer favorável da senadora Janaína Farias (PT-CE) e agora seguirá para análise na Comissão de Assuntos Sociais (CAS).

O Projeto de Lei (PL 362/2022) propõe alterações no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), dando destaque nos cadastros estaduais e nacionais de adoção para aqueles interessados em adotar crianças ou adolescentes com deficiência, doença crônica, necessidades específicas de saúde, e também para grupos de irmãos. A novidade é a inclusão da adoção compartilhada, que permite que irmãos sejam adotados por famílias diferentes, com a condição de manterem contato entre si.

Para garantir o sucesso da adoção compartilhada, o projeto exige que exista um vínculo de parentesco ou afinidade entre os interessados, que residam no mesmo município ou próximos, e que participem de um programa do juizado da infância e juventude que inclua preparação psicológica especial. Além disso, é necessária a elaboração de um estudo psicossocial para avaliar a capacidade e preparo dos interessados, assim como preparar os adotandos para a inclusão na família adotiva.

Uma das mudanças propostas pela relatora do projeto é a consideração dos aspectos cultural e econômico na análise da afinidade entre as famílias candidatas à adoção compartilhada, visando facilitar a convivência. A senadora ressalta a importância de semelhanças entre as famílias para facilitar o acordo sobre o contato entre os filhos adotados.

A intenção do projeto é regulamentar a prática da adoção compartilhada, que já ocorre na prática. A relatora destaca que a maioria das crianças que permanecem por muito tempo em abrigos são aquelas que fazem parte de grupos de irmãos e que a adoção compartilhada pode aumentar as chances de saída dessas crianças para um lar acolhedor.

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