Operação do Ministério Público de São Paulo desarticula esquema de fraudes em licitações ligado ao PCC em 12 municípios paulistas.

O Ministério Público de São Paulo deflagrou nesta terça-feira (16) uma operação contra um suposto esquema de fraudes em licitações relacionado à facção criminosa PCC. A ação resultou na expedição de 15 mandados de prisão, sendo três deles direcionados a vereadores da região do Alto Tietê e do litoral paulista, além de 42 ordens de busca e apreensão.

O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) identificou que o esquema operava para manipular licitações em 12 municípios paulistas, abrangendo a capital, cidades da Grande São Paulo, interior e Baixada Santista. Os promotores alegam que, ao direcionar os vencedores das licitações, os contratos eram elaborados de forma a atender aos interesses da facção criminosa, com a prática de crimes como corrupção de agentes públicos, fraude em documentos e lavagem de dinheiro.

Essa operação ocorre uma semana após o lançamento da Operação Fim de Linha, que investiga a suposta participação do PCC em empresas de ônibus concessionárias do transporte público na capital paulista. Quatro mandados de prisão foram cumpridos, e a prefeitura de São Paulo tomou a decisão de assumir a gestão de duas empresas envolvidas com o PCC – a UpBus e a Transwolff, que juntas transportam cerca de 650 mil passageiros por dia.

A medida objetivou garantir a continuidade dos serviços prestados à população e evitar interrupções. Em 2023, as empresas receberam mais de R$ 800 milhões em remuneração por meio de contratos com a prefeitura de São Paulo. A investigação continua em andamento para apurar as conexões entre a facção criminosa e as atividades ilícitas nas empresas de transporte público na capital paulista.

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