CAE aprova emenda de Plenário permitindo compensação de gastos com bens federais por estados e municípios em dívida com a União.

Na última terça-feira (16), a Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) aprovou uma emenda de Plenário ao projeto de lei complementar que permite aos estados, municípios e ao Distrito Federal abaterem de suas dívidas com a União os valores utilizados na manutenção de bens de propriedade do governo federal que estão sob sua administração por determinado período. A emenda, relatada pela senadora Tereza Cristina (PP-MS), foi apresentada pelo senador Esperidião Amin (PP-SC), autor do projeto em conjunto com os ex-senadores Jorginho Mello e Dário Berger.

O Projeto de Lei Complementar 35/2022 já havia sido aprovado pela comissão em maio do ano passado, sob a forma de um substitutivo redigido pelo então relator, senador Luis Carlos Heinze (PP-RS). De acordo com o substitutivo, os entes federativos poderão compensar em suas dívidas com a União os gastos com obras e serviços necessários à manutenção de bens federais sob sua administração, com exceção de despesas que não são de interesse da União.

Uma emenda aprovada teve como objetivo esclarecer que a compensação não se configura como uma operação de crédito. O texto original do projeto já continha esse ponto, que foi retirado do substitutivo, mas para o senador Amin é essencial especificar isso em lei, especialmente após decisão recente do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre o tema.

O STF decidiu que é necessário uma lei complementar para tratar da compensação de perdas na arrecadação entre entes federativos, levando o Poder Executivo a encaminhar o PLP 136/2023 para tratar do assunto. A emenda aprovada também permite que a compensação abranja despesas ocorridas nos cinco anos anteriores à publicação da nova lei.

A Comissão de Assuntos Econômicos, presidida pelo senador Vanderlan Cardoso (PSD-GO), agora encaminha a matéria para votação no Plenário com requerimento para apreciação em regime de urgência. Essa iniciativa visa aperfeiçoar a relação entre os entes federativos e a União, possibilitando uma melhor gestão financeira e fiscal a nível nacional. A expectativa é de que o projeto seja votado em breve, trazendo benefícios para todos os envolvidos.

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