Operação do Ministério Público em São Paulo desvenda esquema de lavagem de dinheiro do PCC em empresas de ônibus. Quatro dirigentes presos.

Na manhã desta terça-feira, 9 de abril, uma operação do Ministério Público de São Paulo resultou na prisão de quatro pessoas ligadas a duas empresas de ônibus da capital. As investigações apontam para um esquema de lavagem de dinheiro do Primeiro Comando da Capital (PCC) infiltrado no sistema de transporte público de São Paulo.

As empresas envolvidas na operação foram a Transwolff e a Upbus, responsáveis por transportar mais de 700 mil passageiros diariamente na cidade. A Promotoria informou que essas empresas receberam mais de R$ 800 milhões de remuneração da Prefeitura de São Paulo em 2023. A ação de hoje cumpriu 3 dos 4 mandados de prisão expedidos contra dirigentes das companhias.

Entre os presos, está Luiz Carlos Efigênio Pacheco, também conhecido como Pandora, dono da Transwolff. Ele é responsável pelo transporte de centenas de milhares de passageiros em diversas linhas na zona sul da cidade. Além dele, Robson Flares Lopes Pontes, Joelson Santos da Silva e Elio Rodrigues dos Santos foram detidos pelas autoridades.

Elio Rodrigues dos Santos, secretário da Transwolff, foi preso em flagrante por porte ilegal de arma durante as buscas na sede da empresa. Um quinto envolvido, Silvio Luiz Ferreira, conhecido como Cebola e considerado uma liderança do PCC, está foragido desde o início da operação.

A reportagem tentou contato com as empresas e com a defesa dos presos, porém, até o momento não obteve resposta. A suspeita de formação de cartel no setor de transporte público torna o caso ainda mais grave, mostrando a necessidade de investigações aprofundadas para garantir a integridade e legalidade dos serviços prestados à população. A seguir, será importante acompanhar o desenrolar do caso e as medidas que serão tomadas para coibir atividades ilegais no setor de transporte.

Artigos relacionados

Botão Voltar ao topo