Promotoria pede prisão preventiva de empresário do Porsche envolvido em acidente com morte de motorista de aplicativo em SP

A Promotoria de Justiça da 6ª Vara do Júri da capital emitiu um parecer favorável à prisão preventiva do empresário Fernando Sastre de Andrade Filho, de 24 anos, envolvido no acidente que resultou na morte do motorista de aplicativo Ornaldo da Silva Viana, de 52 anos. A Polícia Civil, após investigações, solicitou a prisão do empresário e outras medidas cautelares, como a apreensão do passaporte e a proibição de sair da área de jurisdição da vara.

De acordo com a promotora Monique Ratton, o parecer favorável à prisão se deve aos indícios de embriaguez do empresário no momento do acidente, como voz pastosa e andar cambaleante. Além disso, o delegado Carlos Henrique Ruiz destacou o histórico de multas por excesso de velocidade de Sastre como um fator relevante para a decisão.

A Justiça havia negado um pedido de prisão anteriormente, mas a decisão final sobre o caso deve ser tomada pelo juiz do Tribunal do Júri nos próximos dias. A colisão ocorreu na avenida Salim Farah Maluf, resultando na morte de Ornaldo, e Sastre foi indiciado por homicídio doloso, lesão corporal e fuga do local do acidente.

A investigação ainda está em andamento e novos depoimentos serão colhidos nos próximos dias. A namorada de Sastre será ouvida, assim como os policiais militares que atenderam a ocorrência. Imagens das câmeras corporais da PM e de estabelecimentos próximos onde o empresário esteve antes do acidente também serão analisadas.

Uma testemunha afirmou que Sastre e seu amigo estavam embriagados no momento da colisão, contrariando a declaração do empresário de que não havia consumido álcool antes do acidente. Ainda segundo a testemunha, Fernando foi aconselhado a não dirigir devido ao seu estado alterado antes de assumir o volante do Porsche.

A mãe de Sastre também é alvo de investigações, tendo sido acusada de tentar atrapalhar as investigações ao retirar o filho do local do acidente sem a realização do teste do bafômetro. O Ministério Público e a Polícia Civil seguem apurando os detalhes do caso para garantir a responsabilização dos envolvidos.

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