De acordo com informações levantadas pela reportagem, a defesa de Rueda foi quem acionou o STF para solicitar a investigação, após um incêndio destruir duas casas de sua família no litoral de Pernambuco no mês passado. Na ocasião, Bivar negou qualquer envolvimento com o episódio, classificando as acusações como meras “ilações”.
Após consulta da Procuradoria-Geral da República, foi recomendada a abertura do inquérito e solicitadas as primeiras diligências para apuração dos fatos. O União Brasil, partido resultante da fusão entre PSL e DEM em 2021, optou por não comentar o caso.
A crise interna no União Brasil teve seu ápice quando o partido aprovou a expulsão de Luciano Bivar de seus quadros. A situação se agravou após a eleição de Rueda para a presidência da legenda, quando Bivar foi afastado do cargo. A troca de comando, que estava prevista para maio de acordo com o estatuto do partido, ocorreu em agosto do ano passado. A insatisfação de parte dos membros do partido com a gestão de Bivar, incluindo figuras como ACM Neto e Ronaldo Caiado, influenciou na decisão de apoiar Rueda.
Bivar e Rueda mantinham uma relação prévia à vida partidária, tendo atuação conjunta na área securitária. No entanto, após o desfecho do incêndio e das trocas de acusações, a relação entre ambos se deteriorou. Apesar das declarações de pacificação por parte de Rueda após sua eleição, Bivar afirmou que o processo eleitoral foi “viciado”.
A disputa pelo controle do União Brasil parece longe de um desfecho tranquilo, e a investigação solicitada à PGR pode trazer novos elementos para o entendimento do embate entre Bivar e Rueda no âmbito político brasileiro. O desenrolar dos acontecimentos permanece sob segredo, aguardando a decisão do STF quanto à abertura do inquérito e às diligências a serem realizadas.