Após a ação conjunta das polícias Federal e Rodoviária Federal, os dois foragidos foram detidos pelas autoridades competentes. A fuga dos detentos ocorreu no dia 14 de fevereiro, durante a Quarta-feira de Cinzas, sendo a primeira fuga registrada no sistema penitenciário federal desde a sua criação em 2006, com o objetivo de isolar lideranças de organizações criminosas e indivíduos de alta periculosidade.
As investigações preliminares indicam que os fugitivos utilizaram ferramentas encontradas dentro da própria penitenciária, que estava passando por reformas internas, para abrir um buraco nas celas individuais por onde conseguiram escapar. A suspeita de ajuda externa na fuga foi levantada pelo próprio presidente Luiz Inácio Lula da Silva, logo após o ocorrido.
Após um mês e meio de investigações sobre as circunstâncias da fuga, a corregedoria-geral da Secretaria Nacional de Políticas Penais informou que não encontrou indícios de corrupção nesse caso específico. No entanto, foram identificadas falhas nos procedimentos de segurança da penitenciária que estão sendo investigadas.
O Ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, tem pronunciamento marcado para as 15 horas para comentar sobre a prisão dos fugitivos. Além disso, estão em andamento três Processos Administrativos Disciplinares para investigar as falhas e responsabilidades dos servidores envolvidos na ocorrência. Dez servidores estão sendo alvo desses procedimentos, enquanto outros 17 assinarão Termos de Ajustamento de Conduta, comprometendo-se a passar por cursos de reciclagem e evitando reincidências no futuro.
