Comissão Mista para analisar MP que prorroga Perse é instalada na próxima terça-feira (9) no Senado. Medida provisória incide sobre setor de eventos.

A comissão mista designada para analisar a Medida Provisória (MP) 1202/23, que versa sobre a desoneração da folha de pagamentos para empresas e municípios, terá sua instalação realizada na próxima terça-feira (9). O encontro está agendado para as 14h30, no plenário 3 da ala Alexandre Costa, no Senado. Essa medida provisória, que originalmente eliminava a desoneração da folha de pagamentos, teve sua validade prorrogada parcialmente pelo presidente do Senado e do Congresso Nacional, Rodrigo Pacheco, evitando sua caducidade em 1º de abril.

No entanto, apenas alguns dispositivos específicos da MP foram mantidos, como os relacionados ao setor de eventos e as compensações fiscais. Os trechos da medida que não foram prorrogados, como aqueles que impactavam a folha de pagamento dos municípios, perderam sua validade. Uma das questões em destaque nessa análise é o Programa Emergencial de Retomada do Setor de Eventos (Perse), que foi criado em 2021 com o intuito de auxiliar esse segmento fortemente afetado pela pandemia de Covid-19.

Os incentivos fiscais previstos para o Perse, que originalmente teriam validade até o final de 2026, foram revogados pela medida provisória, resultando no retorno da cobrança de contribuições federais como CSLL, PIS/Pasep e Cofins a partir de 1º de abril. Além disso, o Imposto de Renda das empresas (IRPJ) deverá retornar ao normal a partir de janeiro de 2025.

Parlamentares da Câmara e do Senado estão mobilizados em buscar alternativas para manter os incentivos ao setor de eventos, enquanto o governo argumenta a necessidade de aumentar a arrecadação. Um projeto de lei apresentado pelo deputado José Guimarães propõe a continuidade do programa, porém reduzindo o número de atividades econômicas beneficiadas e estabelecendo uma reoneração gradual dos tributos até 2027.

Após a análise na comissão mista, a MP ainda deverá passar pelos Plenários da Câmara dos Deputados e do Senado, com prazo limite para sua avaliação até 31 de maio. A discussão em torno dessas medidas tem sido intensa, pois impactará diretamente na recuperação e desenvolvimento do setor de eventos no Brasil.

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