A medida tem gerado transtornos e preocupações para os professores, que contavam com esse valor adicional para equilibrar suas finanças, visto que o adicional representava mais de 10% do salário daqueles que recebem o piso da categoria. A falta de pagamento tem prejudicado também os professores contratados de forma temporária, que ficaram dois meses sem emprego neste ano devido à mudança na atribuição de aulas para o ano letivo de 2024.
O governo de Tarcísio de Freitas informou que está finalizando um decreto que definirá o pagamento do adicional para este ano e que pretende incluir profissionais de unidades indígenas e quilombolas, além de alterar a regra que determina a reavaliação anual, passando a ser trienal. Entretanto, a demora na publicação do decreto e na definição das novas regras tem causado preocupação e incerteza entre os educadores.
Apesar das dificuldades enfrentadas pelos professores, o governador reconheceu a falta de estrutura e baixos salários na categoria, mas não apresentou propostas concretas para a valorização da carreira dos docentes, alegando questões fiscais do estado. Enquanto isso, um projeto foi encaminhado à Alesp para que policiais militares aposentados recebam um adicional superior ao piso dos professores para atuarem em escolas cívico-militares, causando críticas e revolta entre a classe educacional.
Assim, a falta de pagamento do adicional e a falta de valorização da carreira dos professores têm gerado tensão e preocupação na rede estadual de ensino em São Paulo, refletindo a necessidade de mais investimentos e reconhecimento para os profissionais da educação.