Governo de São Paulo deixa de pagar adicional extra para professores em escolas vulneráveis há dois meses, gerando transtornos.

Há dois meses, os professores que atuam em escolas consideradas vulneráveis no Estado de São Paulo estão enfrentando dificuldades devido à suspensão do pagamento de um adicional criado pelo ex-governador João Doria em 2022. A bonificação, que tinha o intuito de incentivar os educadores a trabalharem em locais de alto índice de violência, pobreza, difícil acesso ou risco geológico, deixou de ser paga em fevereiro deste ano devido à falta de publicação do ato que define a vulnerabilidade de cada uma das cerca de 5.500 escolas estaduais de São Paulo pelo secretário de Educação, Renato Feder.

A medida tem gerado transtornos e preocupações para os professores, que contavam com esse valor adicional para equilibrar suas finanças, visto que o adicional representava mais de 10% do salário daqueles que recebem o piso da categoria. A falta de pagamento tem prejudicado também os professores contratados de forma temporária, que ficaram dois meses sem emprego neste ano devido à mudança na atribuição de aulas para o ano letivo de 2024.

O governo de Tarcísio de Freitas informou que está finalizando um decreto que definirá o pagamento do adicional para este ano e que pretende incluir profissionais de unidades indígenas e quilombolas, além de alterar a regra que determina a reavaliação anual, passando a ser trienal. Entretanto, a demora na publicação do decreto e na definição das novas regras tem causado preocupação e incerteza entre os educadores.

Apesar das dificuldades enfrentadas pelos professores, o governador reconheceu a falta de estrutura e baixos salários na categoria, mas não apresentou propostas concretas para a valorização da carreira dos docentes, alegando questões fiscais do estado. Enquanto isso, um projeto foi encaminhado à Alesp para que policiais militares aposentados recebam um adicional superior ao piso dos professores para atuarem em escolas cívico-militares, causando críticas e revolta entre a classe educacional.

Assim, a falta de pagamento do adicional e a falta de valorização da carreira dos professores têm gerado tensão e preocupação na rede estadual de ensino em São Paulo, refletindo a necessidade de mais investimentos e reconhecimento para os profissionais da educação.

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