Os manguezais amazônicos são não apenas os mais extensos, mas também os mais bem preservados. Menos de 1% de toda a região de mangues sofreu devastação nos últimos anos, graças principalmente à presença de comunidades tradicionais que dependem diretamente desses manguezais para sua subsistência.
Essas áreas estuarinas, onde água doce e água salgada se encontram, abrigam uma grande diversidade de vida, incluindo aves, peixes e crustáceos. Para as comunidades quilombolas, ribeirinhas, pescadores e indígenas que habitam essas regiões, os manguezais representam uma fonte vital de alimentação e renda.
Além disso, os manguezais desempenham um papel essencial na captura de dióxido de carbono, ajudando a combater as mudanças climáticas e a crise ambiental global. No entanto, esses ecossistemas estão enfrentando sérias ameaças, como a pesca predatória, a sobrepesca e a destruição causada por atividades como a carcinicultura.
Em muitas comunidades que dependem dos manguezais, a relação com esses ecossistemas vai além da simples obtenção de alimentos. Elas são parte fundamental da cultura local, transmitindo conhecimentos ancestrais sobre o ambiente e demonstrando a importância da preservação dessas áreas para as gerações futuras.
Recentemente, o governo federal criou duas novas unidades de conservação na região do Salgado Paraense, a Reserva Extrativista Filhos do Mangue e a Reserva Extrativista Viriandeua, buscando proteger e preservar esses preciosos manguezais.
Diante dos desafios enfrentados pelas comunidades tradicionais e pela biodiversidade dessas regiões, a importância dos manguezais amazônicos como ecossistemas vitais para o equilíbrio ambiental e o bem-estar humano não pode ser subestimada. A preservação dessas áreas requer um esforço conjunto de toda a sociedade para garantir que futuras gerações possam continuar a desfrutar dos benefícios que os mangues têm a oferecer.
