Segundo um comunicado regulatório enviado à Bolsa de Hong Kong no último domingo, a Evergrande cancelou os pedidos de reestruturação de dívida offshore que havia feito a um tribunal dos EUA. Além disso, duas unidades que atuam como principais plataformas de financiamento externo da empresa seguiram o mesmo caminho.
Desde agosto do ano passado, a Evergrande e suas unidades buscavam a reestruturação de mais de 19 bilhões de dólares em dívidas externas através do Capítulo 15 da lei de insolvência americana. No entanto, em janeiro deste ano, um tribunal de Hong Kong determinou a liquidação da empresa.
A Evergrande afirmou que os liquidatários estão focados em preservar e devolver valor aos credores e outras partes interessadas, mantendo todas as opções em aberto para consideração. A empresa destacou que os liquidatários ainda poderão fazer novos pedidos com base no Capítulo 15.
A crise financeira da Evergrande teve grande impacto no setor imobiliário chinês, levando a empresa a dar calote em sua dívida em 2021, após acumular passivos de mais de US$ 300 bilhões. Recentemente, a principal unidade operacional da Evergrande na China, a Hengda Real Estate, admitiu a possibilidade de ser multada em mais de US$ 500 milhões por inflar vendas e lucros de maneira fraudulenta.
Esses acontecimentos refletem a gravidade da situação enfrentada pela Evergrande e sua busca por soluções para lidar com suas dívidas. A empresa segue em um processo complexo e desafiador de reestruturação financeira, com impactos significativos no mercado imobiliário chinês e na economia global.
