Segundo informações obtidas, o médico residente de quinto ano de ortopedia estava realizando uma subespecialização em cirurgias de mão quando o incidente ocorreu. A Santa Casa de São Paulo emitiu uma nota confirmando o afastamento de Ramiro e informando que uma sindicância interna foi aberta para investigar o caso de forma sigilosa e garantir o acolhimento da suposta vítima.
A repercussão do caso despertou a atenção dos órgãos competentes, como o Cremesp e o CFM, que estão acompanhando a situação de perto. Vale ressaltar que esta não é a primeira vez que Ramiro é acusado de condutas inapropriadas. Durante seu período na faculdade de medicina, o médico ficou afastado por um ano após ser acusado de abusar de uma colega durante os jogos universitários.
A denúncia contra Ramiro na Santa Casa de São Paulo reacendeu o debate sobre trotes abusivos nas faculdades de medicina e a cultura de desrespeito que pode ser perpetuada nesses ambientes. O Simesp, Sindicato dos Médicos de São Paulo, ressaltou a importância de reformas culturais nas instituições de ensino para prevenir casos de assédio sexual no futuro.
Até o momento, não foram encontradas denúncias formais contra Ramiro nas instâncias policiais ou judiciais de São Paulo, mas a sindicância aberta pela Unicamp em 2014 revelou relatos de comportamentos inadequados do médico durante sua passagem pela faculdade. O desfecho desse caso na Santa Casa de São Paulo ainda é aguardado, enquanto a instituição segue com a investigação interna.