Stiell revelou que apenas metade do orçamento da UNFCCC está coberto, e que há uma necessidade de 74 milhões de euros ao longo dos anos 2024 e 2025 para o orçamento principal da organização. Esse financiamento é essencial para custear atividades como comunicações, funcionamento do quadro executivo e realização de conferências.
Além disso, a UNFCCC também necessita de 78 milhões de euros adicionais para seu orçamento suplementar, provenientes de contribuições voluntárias. Entretanto, até o momento, somente cerca de 10 milhões de euros foram arrecadados. Esse dinheiro extra é crucial para garantir o trabalho nos planos climáticos dos países, relatórios sobre o cumprimento do Acordo de Paris e atividades relacionadas à COP28.
Diante do aumento das preocupações com as mudanças climáticas e da queda na priorização desse tema nos orçamentos governamentais devido à pandemia de Covid-19 e à crise energética, a UNFCCC está enfrentando dificuldades para garantir seu financiamento. Países em desenvolvimento e desenvolvidos têm enfrentado disputas relacionadas ao financiamento climático, e o Fundo Verde para o Clima da ONU, que visa auxiliar na adaptação dos países em desenvolvimento às mudanças climáticas, não conseguiu atrair tanto financiamento quanto o esperado.
O tema do financiamento foi central na reunião de ministros em Copenhague, onde também foi discutida a transição dos combustíveis fósseis acordada na COP28. O presidente designado da COP29, Mukhtar Babayev, destacou que o financiamento será essencial na diplomacia climática neste ano, colocando-o como uma prioridade para a conferência que ocorrerá no Azerbaijão. Portanto, a UNFCCC está em alerta para a necessidade urgente de garantir recursos financeiros para continuar seu importante trabalho na luta contra as mudanças climáticas.