De acordo com o relato da mãe da vítima à polícia, colegas da escola jogaram terra, fezes de gato e água na estudante, além de a chamarem de termos racistas como “macaca” e “cabelo de bombril”. A mãe também relatou que a menina foi agredida por cinco alunos da escola, resultando em uma lesão no rosto.
A família conseguiu uma medida protetiva na Justiça para garantir que a estudante possa continuar frequentando as aulas sem ser importunada pelos demais alunos. A advogada da família, Kelly Ranolfi, afirmou que a tentativa de resolver o problema através do diálogo com a diretoria da escola não obteve sucesso, levando à necessidade da medida protetiva.
Os alunos suspeitos da agressão e ato racista deverão ser ouvidos pela polícia nos próximos dias. Além disso, dois responsáveis por alunos citados pela vítima registraram boletim de ocorrência de calúnia contra a garota. Em uma das ocorrências, uma aluna citada negou ter participado do ocorrido e também afirmou estar sendo ameaçada por outros alunos da escola. As ocorrências estão sendo investigadas pela Polícia Civil.
A Prefeitura de Novo Horizonte emitiu uma nota afirmando estar ciente da situação e tentando resolver o problema junto às famílias dos alunos envolvidos. A prefeitura ressaltou que prioriza o bem-estar de todos os alunos, independentemente de credo, etnia e classe social, e que aplica as sanções previstas no regimento escolar para casos de bullying e racismo. A rede escolar conta com o apoio de psicólogos e assistentes sociais para lidar com essas questões de forma adequada.