Lula ataca Bolsonaro em reunião ministerial para tentar reverter queda de popularidade no governo, mas admitindo falhas administrativas.

Em uma reunião ministerial realizada recentemente, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva fez duras críticas ao seu antecessor, Jair Bolsonaro, em meio a um momento de queda de popularidade do governo. Lula admitiu que seu governo não atingiu as expectativas prometidas durante a campanha eleitoral e destacou a recuperação que está sendo feita, mas ressaltou que ainda há muito a ser feito.

Durante o encontro com os 38 ministros, Lula classificou Bolsonaro como “covardão” e afirmou que o país correu sério risco de sofrer um golpe após as eleições de 2022. O ex-presidente destacou que o suposto golpe não aconteceu apenas porque algumas pessoas no comando das Forças Armadas não aceitaram a ideia, e também porque Bolsonaro “preferiu fugir” para o exterior e acompanhar os acontecimentos do país de lá.

Recentemente, a Polícia Federal ouviu investigados e testemunhas em um inquérito que apura suspeitas de tentativa de golpe de Estado. Declarações do ex-chefe da Aeronáutica e do ex-comandante do Exército relataram detalhes de reuniões em que o ex-presidente teria tentado arregimentar as Forças Armadas para se manter no poder.

Os aliados de Bolsonaro contestaram as críticas de Lula, argumentando que o petista está atacando o atual governo para tentar reverter a queda de popularidade da sua gestão. A reunião ministerial durou aproximadamente quatro horas e foi convocada em meio a diversas crises no governo.

O Palácio do Planalto demonstrou preocupação com os resultados de pesquisas de opinião que mostraram um aumento na avaliação negativa do governo e uma queda na aprovação de Lula. O presidente avisou aos ministros que não quer que novos programas sejam anunciados e reforçou a importância de focar na concretização do que já foi divulgado.

As reuniões ministeriais são importantes para alinhar os ministros em torno dos discursos e prioridades da gestão. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, precisou desmarcar uma viagem à Alemanha para participar do encontro. Lula já havia dado recados semelhantes aos ministros ao longo do ano, visando evitar a dispersão de ações e garantir que tudo seja executado e divulgado adequadamente.

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