A tuberculose, doença causada por bactérias e conhecida há mais de 5 mil anos, ainda apresenta uma incidência elevada no país. Em 2023, segundo a Organização Mundial de Saúde, 105 mil brasileiros foram diagnosticados com a doença, dos quais 87 mil receberam tratamento. Diante desse cenário, a comissão externa, presidida pelo deputado Antonio Brito (PSD-BA), busca intensificar as ações de combate em todo o território nacional.
O deputado destacou a importância de aproveitar a atual posição estratégica do Brasil no comando do G-20 e nos preparativos da Cúpula do Clima, a COP-30, na região amazônica, para combater a tuberculose de forma mais eficaz. Brito propôs focar as ações no Amazonas, estado com o maior número de casos proporcionalmente à sua população, especialmente entre os indígenas.
Representantes do Ministério da Saúde enfatizaram a necessidade de ações articuladas entre diferentes setores para concretizar a eliminação da tuberculose. Draurio Neto ressaltou a importância de novas tecnologias, melhores vacinas e diagnósticos mais eficientes para o combate à doença. Além disso, ele destacou a urgência de um tratamento mais curto para evitar o abandono do tratamento.
Com o intuito de ampliar o alcance das ações de erradicação, o comitê para eliminação da tuberculose, criado em abril do ano passado, vai elaborar um plano operativo a partir do próximo mês. No entanto, é fundamental garantir recursos financeiros adequados e contínuos para sustentar essas iniciativas a longo prazo.
Durante a audiência na Câmara dos Deputados, representantes de diversos setores apresentaram propostas e ações específicas para as populações mais vulneráveis à tuberculose, como indígenas, pessoas em situação de rua, portadores de HIV/AIDS e a população carcerária. A aprovação de emendas parlamentares e a destinação de recursos permanentes foram apontadas como medidas essenciais para o sucesso das estratégias de combate à doença.
A discussão sobre o enfrentamento da tuberculose também envolveu a necessidade de investimento em pesquisas, vacinas e insumos. O Conselho Acelerador de Vacinas contra Tuberculose, criado pela Organização Mundial de Saúde em 2023, visa facilitar o licenciamento e o uso de novas vacinas, contribuindo para a meta de erradicação da doença até 2030.
É fundamental que o Brasil e outros países se empenhem em ações coordenadas e sustentáveis para combater a tuberculose, uma doença que persiste como um desafio global de saúde pública. A implementação de estratégias eficientes, aliada ao compromisso de garantir recursos financeiros adequados, é essencial para alcançar o objetivo de erradicar a doença até 2030.