Fome catastrófica atinge 50% da população de Gaza, segundo relatório da IPC

A situação na Faixa de Gaza é alarmante, de acordo com a Classificação da Fase de Segurança Alimentar Integrada (IPC). Estima-se que cerca de 1,1 milhão de pessoas estejam enfrentando o que é chamado de “fome catastrófica”, o que equivale a 50% da população local. Esses dados foram revelados em um relatório publicado recentemente. Em comparação com o estudo anterior, que calculava 677 mil pessoas na fase mais crítica da fome, o aumento é significativo.

O IPC também apontou um aumento na desnutrição aguda entre crianças de 6 meses a 23 meses de idade, passando de 16,2% para 29,2% no período de janeiro e fevereiro deste ano. O documento divulgado alertou que há uma grande aceleração da mortalidade e desnutrição na região.

Philippe Lazzarini, chefe da Agência da ONU para os Refugiados Palestinos (UNRWA), denunciou que foi impedido de entrar em Gaza e pediu a liberação de todas as passagens. A situação é ainda mais preocupante no Norte da Faixa de Gaza, onde 70% da população está em risco de passar fome catastrófica.

A falta de alimentos e a redução da ajuda humanitária são fatores que contribuem para a grave situação humanitária na região. O governo brasileiro tem denunciado o bloqueio de entrada de alimentos em Gaza por parte de Israel, afirmando que viola o direito internacional.

Israel, por sua vez, nega as acusações de genocídio e afirma que continuará suas ações militares até destruir totalmente as capacidades militares do grupo Hamas. A pressão internacional tem sido intensa, com diversos países solicitando o cessar-fogo imediato na região.

Enquanto a situação se agrava e a fome cresce de forma drástica em Gaza, a comunidade internacional precisa agir rapidamente para evitar uma tragédia humanitária ainda maior. A urgência de ajuda humanitária e a retomada do diálogo entre as partes envolvidas são fundamentais para garantir a segurança e a dignidade da população afetada.

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