A decisão do juiz Alexandre Abrahão Dias Teixeira, proferida no último dia 22 de fevereiro, absolveu os PMs acusados no caso. A defesa alegou legítima defesa por parte dos agentes diante da situação de confronto armado em que Claudia foi atingida por disparos.
A controvérsia em torno do caso reside na ação dos policiais militares que, após Claudia ser baleada, a colocaram na viatura da polícia e acabaram arrastando seu corpo por cerca de 300 metros em uma tentativa de socorro. As imagens do ocorrido chocaram a opinião pública e geraram grande comoção.
Durante o processo, foi levantada a hipótese de fraude processual por parte dos PMs por terem removido o corpo da vítima do local do crime. No entanto, o juiz considerou que não houve elementos suficientes para caracterizar essa acusação.
Os depoimentos dos policiais envolvidos e de testemunhas também foram analisados durante o julgamento. Em seus relatos, os agentes mencionaram a hostilidade dos moradores da comunidade, que teriam dificultado o socorro à Claudia.
O caso gerou um acordo entre o governo do Rio de Janeiro e a família de Claudia para o pagamento de uma indenização por danos morais e materiais. O valor da indenização não foi divulgado, mas beneficiou o então marido e os quatro filhos da vítima.
Após a decisão do TJRJ, a polêmica em torno do caso da morte de Claudia Silva Ferreira continua a gerar debates sobre a atuação da polícia e a busca por justiça em casos de violência policial. A absolvição dos seis policiais militares envolvidos levanta questionamentos sobre a aplicação da lei e a proteção dos direitos humanos no país.
