A história da Campanha da Fraternidade, que teve origem no Rio Grande do Norte e se expandiu nacionalmente, foi relembrada durante a sessão. Muitos presentes ressaltaram a relevância da iniciativa ao longo dos anos, inclusive durante o período da ditadura militar no Brasil. O deputado Alexandre Lindenmeyer (PT-RS), um dos proponentes da sessão solene, destacou que a campanha tem sido fundamental na promoção de valores éticos na sociedade, contribuindo para reflexões profundas sobre temas contemporâneos.
Além disso, a amizade social proposta neste ano foi enfatizada como um caminho para superar preconceitos e individualismo diante das grandes questões sociais. A presença de Adna Santos, conhecida como a Mãe Baiana de Oyá e líder no candomblé, trouxe à tona a questão da intolerância religiosa e a importância do ecumenismo. Adna Santos inclusive leu trechos de uma carta endereçada ao Papa Francisco, ressaltando a necessidade de diálogo entre diferentes crenças.
O padre Jean Paul, coordenador nacional da Campanha da Fraternidade, enfatizou a importância de colocar em prática os valores propostos pelo tema deste ano, destacando a responsabilidade da Câmara dos Deputados em ser um exemplo de amizade social em meio à polarização política. Dom João Justino, primeiro vice-presidente da CNBB, destacou os “gestos concretos” da campanha, como a arrecadação de recursos para projetos sociais.
Em um momento marcado por divisões e divergências, a sessão solene na Câmara dos Deputados trouxe à tona a importância da fraternidade e amizade social como caminhos para a construção de uma sociedade mais justa e inclusiva. Que as reflexões e debates promovidos durante o evento possam inspirar ações concretas em prol do bem comum e da solidariedade entre todos os irmãos e irmãs da nossa nação.