Presidente do Federal Reserve de São Francisco alerta sobre desafios na calibração dos juros e impacto na economia brasileira.

A presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) de São Francisco, Mary Daly, participou de uma sessão de perguntas e respostas durante a Conferência Nacional Interinstitucional de Reinvestimento Comunitário de 2024 e reiterou que ainda é cedo para declarar vitória contra a inflação. Segundo Daly, o momento atual é desafiador para calibrar os juros, pois existe o risco de cortar muito cedo e reacelerar a inflação, assim como o risco de demorar demais e impactar de forma negativa a economia, enfraquecendo o mercado de trabalho.

Daly destacou que o objetivo principal do Fed sempre foi restaurar a estabilidade de preços da forma mais suave possível. Apesar de reconhecer que a atividade econômica e o mercado de trabalho continuam sólidos, a inflação ainda se mantém acima da meta de 2%, exigindo assim um monitoramento constante por parte do banco central. A presidente enfatizou que as decisões monetárias futuras continuarão sendo baseadas em dados e projeções.

Um ponto abordado por Mary Daly durante a conferência foi o efeito dos juros sobre os custos de moradias. Ela ressaltou que os juros elevados podem aumentar os custos tanto para aquisição quanto para aluguel de imóveis, mas enfatizou que esses ajustes temporários são necessários para controlar os preços. Daly também mencionou que o aumento nos preços das moradias tem impulsionado a inflação nos Estados Unidos, tornando essencial o controle desses valores.

Diante dessas declarações da presidente do Fed de São Francisco, fica evidente a preocupação e a atenção do banco central em relação à inflação e aos impactos das decisões sobre a economia e mercado de trabalho. A busca por equilíbrio e estabilidade financeira continua sendo prioridade para as autoridades monetárias, que se mantêm atentas aos indicadores econômicos e prontas para agir de acordo com a evolução da situação.

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