Durante sua fala, a ministra enfatizou a necessidade de eleger o maior número de vereadoras e prefeitas para enfrentar a misoginia no campo político. Ela ressaltou a importância de ter mais recursos para instituir serviços como a Casa da Mulher Brasileira, centros de referência e lavanderias comunitárias. Além disso, Cida Gonçalves mencionou a dificuldade no cumprimento da Lei de Igualdade Salarial, aprovada em 2023, devido a empresas que contestam a transparência e relatórios relativos à igualdade salarial.
A ministra elogiou a atuação da bancada feminina na Câmara dos Deputados, destacando a aprovação de 24 projetos em defesa dos interesses das mulheres no Congresso Nacional no ano anterior. Ela também ressaltou a importância de mais mulheres nos espaços de poder e decisão para impulsionar investimentos em áreas como saúde e educação, além de contribuir para a queda na mortalidade infantil.
Outras figuras importantes no evento foram a deputada Benedita da Silva, que abordou a vulnerabilidade das mulheres negras e indígenas no Brasil, e a ministra do Tribunal Superior Eleitoral Edilene Lobo, que destacou a baixa representatividade política das mulheres, especialmente das mulheres negras. A ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, também presente na sessão, pediu apoio para a aprovação de um projeto de lei que institui o Dia Nacional Marielle Franco de Enfrentamento da Violência Política de Gênero e Raça.
Em resumo, a sessão solene na Câmara dos Deputados foi marcada por discursos que ressaltaram a importância da presença e representatividade das mulheres, especialmente das mulheres negras e indígenas, nos espaços de poder e decisão. As desigualdades de gênero e as violências sofridas pelas mulheres foram temas centrais das discussões, com propostas de leis e ações para combater esses problemas.