Protestos de agricultores europeus cercam sede da União Europeia em Bruxelas e exigem mudanças nas políticas agrárias.

Na manhã desta segunda-feira, a sede da União Europeia em Bruxelas foi cercada por barreiras de concreto e arame farpado, em um cenário que refletia a tensão entre os agricultores do bloco e as políticas agrárias da UE. O protesto dos produtores rurais tem sido uma manifestação constante nas últimas semanas, com a intenção de chamar a atenção para a concorrência desleal com produtos estrangeiros de custos mais baixos.

Enquanto os agricultores se reuniam do lado de fora das barreiras, os ministros da agricultura da UE estavam em uma reunião dentro do prédio, tentando mostrar que estavam atentos às demandas do setor. O ministro da Agricultura francês, Marc Fesneau, expressou a necessidade de enviar sinais imediatos de mudança aos agricultores, tanto a curto quanto a médio e longo prazo.

Outro ponto levantado durante o protesto foi a burocracia administrativa enfrentada pelos agricultores. O ministro da Agricultura irlandês, Charlie McConalogue, ressaltou a importância de políticas simplificadas e diretas, de forma que os agricultores pudessem implementá-las de maneira mais eficiente.

A importância do movimento dos agricultores tem se refletido até mesmo nas campanhas políticas em toda a Europa, que precedem as eleições de 6 a 9 de junho. Como resultado dos protestos, a UE suspendeu uma proposta contrária aos agrotóxicos, atendendo a uma demanda dos agricultores, que são uma base eleitoral importante em vários países como Espanha, Holanda e Bulgária.

No sábado, durante a abertura da Feira Agrícola de Paris, o presidente francês Emmanuel Macron foi recebido com vaias e apitos pelos agricultores, que alegaram que ele não estava fazendo o suficiente para apoiá-los. Esse cenário evidencia a crescente insatisfação do setor agrícola europeu e a pressão exercida para que mudanças efetivas sejam implementadas em prol dos agricultores.

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