De acordo com Padre João, a atrazina pode causar doenças mesmo em doses mínimas, tornando os limites de segurança indicados ineficazes na proteção dos trabalhadores envolvidos na aplicação do produto. Além disso, ele ressalta a dificuldade de fiscalização e monitoramento da substância.
No ano anterior, a Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável discutiu o uso da atrazina, trazendo à tona a preocupação com a elevada contaminação de agrotóxicos nas águas do cerrado. Agora, o projeto seguirá para análise nas comissões de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural; Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável; e Constituição e Justiça e de Cidadania, onde poderá tomar um caráter conclusivo.
É importante ressaltar que a proibição da atrazina visa não apenas a proteção dos trabalhadores rurais, mas também a preservação do meio ambiente e a saúde da população em geral. Com a discussão desse projeto de lei, espera-se avanços significativos no controle e regulamentação do uso de agrotóxicos no Brasil.
A reportagem sobre o tema foi conduzida por Janary Júnior, com edição de Rodrigo Bittar. A expectativa é que o debate em torno da atrazina e de agrotóxicos em geral ganhe cada vez mais destaque nas esferas legislativas e gere mudanças positivas para o setor agrícola e para a sociedade como um todo.