O cachorro Bobi, que vivia em Portugal, faleceu em outubro passado, com 31 anos e 165 dias, de acordo com o Guinness. No entanto, logo após a morte, a longevidade do animal foi alvo de questionamentos por parte de veterinários, que contestaram a idade do cachorro. Danny Chambers, veterinário e membro do conselho do Royal College of Veterinary Surgeons, afirmou que nenhum dos seus colegas acredita que Bobi tinha 31 anos, comparando a longevidade do cachorro com a de um ser humano viver mais de 200 anos.
O Guinness originalmente afirmou que a data de nascimento de Bobi havia sido confirmada pelo serviço médico veterinário do município de Leiria e verificada pelo banco de dados do Siac (Sistema de Informação de Animais de Companhia) de Portugal. No entanto, as contestações incluíam o fato de que os registros eram baseados em informações de tutores e que o Siac não exigia prova de idade para cães nascidos antes de 2008.
Após a revogação do título, o diretor de recordes do Guinness, Mark McKinley, afirmou que ainda não há prazo para anúncio de um novo detentor do recorde. Candidatos ao título deverão apresentar evidências documentais para todos os anos de vida do animal de estimação, declarações de veterinários e testemunhas, além de dados de microchip, quando disponíveis.
Até a revogação do título, Bobi detinha o recorde de cachorro mais velho de todos os tempos, um título anteriormente atribuído ao pastor australiano Bluey, que morreu em 1939, aos 29 anos e 5 meses.
O tutor de Bobi já foi informado das conclusões da revisão, porém, ainda não há um novo detentor do recorde oficialmente anunciado. A suspensão do título de Bobi levanta a importância de evidências documentais e comprovações para estabelecer títulos e recordes no mundo animal.
Por enquanto, o título de cachorro mais velho do mundo permanece vago, aguardando a apresentação de novos candidatos com as devidas comprovações para ocupar o lugar que antes pertencia a Bobi.
