Vendas do varejo fecham 2021 acima do patamar pré-pandemia, aponta IBGE em nova pesquisa.

O volume de vendas do varejo encerrou o ano de 2021 com um crescimento de 2,9% em relação ao nível registrado em fevereiro de 2020, antes do início da pandemia. Os dados foram divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quarta-feira, 7 de abril.

De acordo com a Pesquisa Mensal de Comércio, os segmentos de artigos farmacêuticos, combustíveis, supermercados, material de construção e veículos estão operando acima do patamar pré-crise sanitária. O segmento de artigos farmacêuticos registrou um crescimento de 29,3%, seguido por combustíveis e lubrificantes com 11,3% e supermercados com 8,9% acima do nível de fevereiro de 2020.

No entanto, outros setores não tiveram o mesmo desempenho positivo. Os artigos de uso pessoal e domésticos estão 17,1% abaixo do nível pré-pandemia, seguidos por móveis e eletrodomésticos com 15,2% aquém, equipamentos de informática e comunicação com 14,2% abaixo, tecidos, vestuário e calçados com 26,0% abaixo e livros e papelaria com 43,5% de queda.

O gerente da Pesquisa Mensal de Comércio do IBGE, Cristiano Santos, ressaltou que o setor de tecidos, vestuário e calçados nunca teve a oportunidade de voltar aos níveis registrados em fevereiro de 2020. Ele destaca que o consumo desses produtos foi impactado pela mudança de comportamento dos consumidores desde o início da pandemia, juntamente com o retorno ao trabalho presencial, ainda em níveis inferiores aos registrados antes da pandemia.

Santos também apontou que o fechamento de lojas físicas de grandes redes varejistas contribuiu para a queda nas vendas desses segmentos. Questionado sobre a possível influência da demanda por remessas internacionais de itens de vestuário importados, o pesquisador explicou que a pesquisa coleta informações de empresas atuando no Brasil, impossibilitando a análise desse componente.

Ainda segundo Santos, seria necessário entender melhor a dinâmica das importações para avaliar seu impacto nas vendas do setor. Portanto, a pesquisa não permite uma análise detalhada sobre a influência das remessas internacionais de itens de vestuário importados.

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