Deputado propõe lei para combater a prática de “finning” e regulamentar a pesca de tubarões e raias.

O Delegado Matheus Laiola, representante do União-PR, propôs o Projeto de Lei 3468/23, que visa criminalizar a prática de captura de tubarões e raias para retirada de barbatanas, descartando o restante do corpo dos animais, seja ele vivo ou morto. De acordo com o texto em análise na Câmara dos Deputados, a pena prevista para este crime ambiental seria de reclusão de 2 a 5 anos, multa e perda da embarcação.

Além disso, o projeto prevê que a pena será ainda mais severa em caso de espécies ameaçadas. Aqueles que venderem, comprarem ou transportarem as barbatanas sem permissão das autoridades competentes também seriam punidos. O objetivo do deputado Laiola é reprimir a prática do “finning” e todos aqueles que se beneficiam ou facilitam essa ação.

Outro ponto polêmico do projeto é a proibição do uso da palavra “cação” para identificar espécies de tubarões ou raias no setor pesqueiro, comércio e indústria. Segundo o deputado, a palavra leva o consumidor a acreditar que não está consumindo derivados da pesca desses animais. Além disso, o texto propõe que os produtos autorizados da pesca de tubarões e raias sejam acompanhados de certificado de origem, gerido pelo Ibama, para identificar sua espécie, facilitando o controle da atividade e a rastreabilidade dos produtos.

O próximo passo para o projeto é a análise pelas comissões de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável; e de Constituição e Justiça e de Cidadania, além do Plenário da Câmara.

A criminalização do “finning” e a regulamentação do uso da palavra “cação” geraram debates e discussões entre os parlamentares e a sociedade civil. As opiniões estão divididas, com alguns setores defendendo a necessidade de proteção das espécies ameaçadas e a regulamentação mais rígida da pesca, enquanto outros argumentam que as medidas propostas podem impactar negativamente o setor pesqueiro.

A expectativa é que o projeto seja submetido a um intenso processo de análise e discussão antes de ser votado. A proteção da fauna marinha, a sustentabilidade da pesca e o papel do Estado na regulamentação dessas atividades estão no centro do debate em torno do PL 3468/23.

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