Discriminação sobre o corpo feminino: De quem é o direito de julgar, pontuar e condenar?

O feminismo é uma revolução pacífica que coloca em pauta a questão do corpo da mulher, seja cis ou trans. O constante escrutínio das formas femininas revela uma batalha em andamento, onde os “juízes” da plástica alheia estão expressando não só uma opinião pessoal, mas também reivindicando o direito sobre o corpo feminino. Isso significa o direito de julgar, pontuar e condenar a aparência das mulheres. Essa situação deixa claro que o corpo da mulher não é inteiramente dela, mas sim de domínio público.

A discussão sobre padrões de beleza e envelhecimento é outro aspecto levantado em relação a este tema. Enquanto artistas como Gérard Depardieu, que nunca foi considerado um homem bonito, continuam a protagonizar filmes ao lado de atrizes sensivelmente mais jovens e mais magras, é notável uma clara diferença de tratamento em relação à idade e beleza no homem e na mulher. O mesmo acontece com o filme recém-lançado “Pobres Criaturas” (2024), que aborda a ideia de liberdade feminina e questiona as motivações masculinas em relação ao desejo.

Outras celebridades, como Jodie Foster, Annette Bening e Diane Keaton, optaram por envelhecer de forma natural, sem fazer procedimentos estéticos, desafiando as expectativas impostas sobre como deveriam aparentar. Por outro lado, o modelo de beleza feminino é projetado para ser inalcançável, o que leva as mulheres a se sentirem constantemente inadequadas e dependentes da aprovação alheia.

O texto destaca a importância de quebrar as expectativas impostas sobre a aparência e respeitar a individualidade de cada mulher. Criticar o corpo feminino é desrespeitar a própria existência da mulher, resultando em sérias consequências para a autoimagem e saúde mental de muitas meninas e mulheres.

Além disso, é importante ressaltar que mulheres também podem ser cruéis umas com as outras, muitas vezes invejando as que fogem dos padrões e se destacam. Isso reforça a necessidade de se libertar das amarras sociais e buscar a autoconfiança semelhante à de um homem branco cis.

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