Os primeiros nomes anunciados para integrar a equipe de Lewandowski possuem um perfil mais jurídico e menos político, o que pode amenizar atritos com parlamentares da oposição ao governo de Luiz Inácio Lula da Silva. No entanto, o PT continuará tendo influência na pasta, com o advogado Jean Uema sendo nomeado para comandar a Secretaria Nacional de Justiça, atendendo a um pedido do ex-presidente Lula.
A principal área de atuação do novo ministro será a segurança pública, que foi apontada como o principal desafio a ser enfrentado. Lewandowski prometeu que a insegurança vivida pelos brasileiros será o foco principal de sua gestão, dando continuidade ao trabalho feito por Dino. Especialistas apontaram que, apesar da segurança ser prioritariamente de competência dos Estados, a União precisará investir e desenvolver articulações para solucionar o problema.
Além disso, o novo ministro terá que enfrentar o desafio de lidar com as relações com as polícias brasileiras e implementar a figura do juiz de garantias, que tem sido vista como uma necessidade para a reformulação do sistema de segurança. Sua experiência como presidente do Conselho Nacional de Justiça e seu trânsito no Judiciário foram citados como pontos positivos que podem ajudá-lo a superar esses desafios.
A equipe de Lewandowski também terá como foco o trabalho de enfrentamento dos problemas que afetam as penitenciárias brasileiras, uma vez que ele lançou um projeto em 2016 para “humanizar” o sistema de justiça, reconhecendo direitos de presos e oferecendo suporte para detentos recém-saídos das prisões.
Com todas essas questões em pauta, a nomeação de Lewandowski e a composição de sua equipe são vistas como fundamentais para lidar com os desafios que permeiam a Justiça e Segurança Pública no Brasil. Sua posse representa uma nova fase para o Ministério, com expectativas de enfrentamento efetivo dos problemas que há tempos desafiam a sociedade brasileira.