A diligência durou cerca de duas horas e contou com a presença da equipe de segurança da Casa e um assessor do parlamentar, conforme informado pela assessoria da Câmara Municipal. Segundo a Polícia Federal, Carlos Bolsonaro é apontado como “a principal pessoa da família que recebia informações da Abin paralela”. As investigações indicam que ele teria sido o responsável pela criação desse grupo paralelo, com o objetivo de utilizar a estrutura da Agência Brasileira de Informação para o monitoramento ilegal de autoridades públicas e outras pessoas.
A operação realizou o cumprimento de oito mandados de busca e apreensão, sendo cinco deles no Rio de Janeiro e os demais em Brasília, Formosa (GO) e Salvador (BA). Durante a execução dos mandados contra Carlos Bolsonaro, foram encontrados equipamentos que seriam de propriedade da Abin, o que levou a agência a iniciar uma apuração sobre o caso, conforme divulgado pela coordenação de comunicação social.
A tentativa de contato com a defesa de Carlos Bolsonaro não obteve sucesso até o momento da publicação desta matéria. A operação tem como objetivo identificar os “principais destinatários e beneficiários” de informações produzidas ilegalmente pela Abin.
É importante ressaltar que o vereador Carlos Bolsonaro ainda não se manifestou publicamente sobre as acusações e a operação em questão. Contudo, o desdobramento desse caso certamente continuará a atrair a atenção da opinião pública e da imprensa, pois envolve um membro proeminente da família Bolsonaro em uma situação delicada.