O Sinte-SC (Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Santa Catarina) tem recebido denúncias de professores temporários que afirmam estar sofrendo pressões para não aderir à paralisação. A entidade considera ilegal a dispensa por causa da greve e está apurando todos os casos que chegam até ela.
A Secretaria de Educação, questionada sobre as demissões em decorrência da greve, informou que fará descontos nos salários dos grevistas e contratará profissionais temporários para garantir a continuidade das aulas. Segundo a pasta, a medida de desconto nos salários é justificada pela suspensão do vínculo funcional dos professores em greve.
A divergência em relação ao número de profissionais que aderiram à greve também é um ponto de destaque. Enquanto o governo afirma que quase 90% dos professores seguem trabalhando, o Sinte-SC aponta que 40% do quadro do magistério aderiu à paralisação.
Entre as reivindicações dos grevistas estão a realização de concurso público, reajuste salarial (sem aumento desde 2021), descompactação salarial para diferenciar vencimentos de profissionais com mais tempo de carreira, e o fim do desconto previdenciário nos salários dos aposentados.
O governo informou que um concurso público está previsto para junho deste ano, com a contratação de cerca de 10 mil profissionais. No entanto, quanto às demandas salariais, o governo alega que a descompactação da folha de pagamento é inviável no momento, custando R$ 4,6 bilhões e violando a Lei de Responsabilidade Fiscal. Além disso, alega que as reivindicações por reposição salarial baseadas em perdas inflacionárias não se sustentam diante dos dados financeiros da educação no estado.