Com 102 praias em uma faixa litorânea de 105 km, Ubatuba enfrenta dificuldades logísticas com o lixo, que é recolhido diariamente por uma frota de 10 a 15 caminhões e levado a um aterro em Jambeiro, a 128 km de distância. A cidade, que conta com 93 mil habitantes, recebe cerca de cinco vezes mais pessoas no verão, o que gera um grande volume de lixo nas praias.
Além dos problemas com o lixo, a cidade enfrenta também a questão da poluição do rio Acaraú, que deixa a orla do Itaguá imprópria para banho. A prefeitura está negociando com a Sabesp para transferir o despejo de esgoto tratado do rio Acaraú para o rio Grande, e a companhia de abastecimento de água tenta assumir a captação de esgoto da praia Grande, que atualmente é realizada por uma empresa privada.
No entanto, Ubatuba também vislumbra oportunidades de desenvolvimento, como o recente acordo com a Fundação ISCM, organização belga sem fins lucrativos, para tentar implantar uma planta industrial de produção de hidrogênio verde. O projeto, que tem como objetivo gerar receita de cerca de 2 bilhões de euros para a cidade nas próximas décadas, ainda está em fase de captação de investidores.
A prefeitura também está investindo parte do dinheiro arrecadado com a TPA para intensificar a coleta de lixo, realizando a coleta seletiva de resíduos, instalando mais contêineres nas ruas, criando equipes de limpeza de praias e programando a instalação de banheiros públicos. Além disso, a cidade concluiu recentemente obras na orla perto da região central e tem outras ações programadas para melhorar o mobiliário urbano, ciclovias e ruas.
Apesar dos desafios enfrentados, a cidade de Ubatuba busca soluções para promover o desenvolvimento sustentável e a preservação ambiental, visando melhorar a qualidade de vida e a experiência dos moradores e turistas que visitam a região. O futuro de Ubatuba parece promissor, com iniciativas que buscam equilibrar o crescimento econômico com a proteção do meio ambiente.
