O governo está anunciando o lançamento da nova política industrial, chamada de “Nova Indústria Brasil”, que contará com um investimento total de R$ 300 bilhões até 2026. Essa nova política tem como objetivo impulsionar o desenvolvimento nacional até 2033, e os recursos estarão disponíveis para financiamento por meio de diferentes fontes.
Dessa forma, a nova política industrial busca promover a neoindustrialização nacional, com o apoio de diferentes instrumentos de Estado, como linhas de crédito especiais, ações regulatórias, políticas de propriedade intelectual e uma política de obras e compras públicas, que oferecerão incentivos ao conteúdo local para estimular o setor produtivo.
Os recursos serão geridos pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Finep e Embrapii, e serão disponibilizados por meio de linhas específicas, tanto reembolsáveis quanto não reembolsáveis, além de recursos por meio do mercado de capitais.
Além disso, a “Nova Indústria Brasil” também utilizará novos instrumentos de captação, como a linha de crédito de desenvolvimento (LCD), e um arcabouço de novas políticas, como o mercado regulado de carbono e a taxonomia verde.
Esse programa, que visa a articulação de diversos instrumentos de Estado, será entregue pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva em um evento no Palácio do Planalto. O texto da nova política foi produzido ao longo do segundo semestre do ano passado pelos membros do Conselho Nacional de Desenvolvimento Industrial (CNDI), liderado pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Mdic).
O CNDI é composto por 20 ministérios, pelo BNDES e 21 entidades representativas da sociedade civil, do setor produtivo e dos trabalhadores. Eles definiram metas para cada uma das seis missões que norteiam os esforços até 2033, visando alcançar áreas prioritárias para investimentos e um conjunto de ações propostas.
Entre as metas traçadas até 2033, o governo prevê alcançar 70% de mecanização dos estabelecimentos de agricultura familiar e reduzir em 30% a emissão de CO2 por valor adicionado da Indústria, além de aplicar em 50% a participação dos biocombustíveis na matriz energética de transportes. Esta nova política industrial também pretende reduzir as vulnerabilidades do SUS e ampliar o acesso à saúde, além de promover a integração produtiva e o bem-estar nas cidades.
Portanto, a “Nova Indústria Brasil” tem a intenção de melhorar o ambiente de negócios ao enfrentar muitos dos desafios apresentados pelo setor produtivo, aumentando a produtividade e a competitividade das empresas brasileiras, e melhorando o ambiente para investimentos produtivos.
