Comissão da Câmara dos Deputados aprova projeto para regulamentar atividades radiológicas e ampliar direitos dos profissionais da área.

No dia 18 de Janeiro de 2024, a Comissão de Saúde da Câmara dos Deputados aprovou o Projeto de Lei 3661/12, que tem como objetivo atualizar a legislação vigente para propor a regulamentação do exercício da profissão de técnico e tecnólogo em radiologia. O projeto determina o rol de profissionais autorizados a atuar no emprego de técnicas radiológicas e imagenológicas, bem como suas competências, e estabelece a obrigatoriedade desses profissionais estarem inscritos no Conselho Regional de Técnicos e Tecnólogos em Radiologia.

O texto aprovado é um substitutivo feito pelo relator, deputado Ricardo Silva (PSD-SP), ao projeto do Senado Federal. Silva fez ajustes para resolver problemas detectados durante o debate sobre a matéria, os quais não alteram o objetivo do texto. Ele ressaltou que a legislação em vigor está defasada em relação à realidade vivenciada pelos profissionais da área de radiologia, citando como exemplo a falta de inclusão da atuação profissional na fiscalização de bagagens por aparelhos de raio-X.

Uma das mudanças propostas pelo texto exclui da competência de radiologistas algumas atividades que dependem de conhecimentos diagnósticos que não estão incluídos na formação profissional, como a ultrassonografia e aquelas que envolvam a introdução de artefato no interior do corpo humano ou que se realizem simultaneamente a procedimentos cirúrgicos ou terapêuticos.

Além disso, o projeto define as áreas em que os profissionais habilitados poderão atuar, como radiodiagnóstico, imagenologia, radioterapia, radioisotopia, medicina nuclear, radiologia e irradiação industrial, e radioinspeção de segurança. O parecer também estipula que esses profissionais têm direito a uma jornada de trabalho de 24 horas semanais, exceto aqueles que executem exclusivamente as técnicas de imagenologia, medicina nuclear, radiologia e irradiação nuclear e de radioinspeção de segurança.

A proposta foi aprovada em novembro pela Comissão de Saúde e será analisada em caráter conclusivo pelas comissões de Trabalho, de Administração e Serviço Público; e de Constituição e Justiça e de Cidadania. Emanuelle Brasil foi a responsável pela reportagem, e a edição ficou por conta de Pierre Triboli.

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