Demolição do Observatório Astronômico em Diadema causa polêmica e questionamentos por parte da oposição na Câmara.

A demolição do Observatório Astronômico Municipal de Diadema, que ocorreu na última sexta-feira (12/01), tem gerado polêmica e questionamentos por parte da oposição ao prefeito José de Filippi Júnior (PT). A Câmara Municipal de Diadema, representada pelo vereador Eduardo Minas (PROS), pretende investigar o motivo e a legalidade da demolição do prédio, que estava desativado e abandonado há quase 20 anos.

Os questionamentos sobre a derrubada do observatório se baseiam no fato de que a administração municipal não comunicou o meio acadêmico e o Conselho do Patrimônio Histórico sobre a decisão. Além disso, o vereador Eduardo Minas afirmou que pretende protocolar um requerimento com pedido de informações para ser apreciado na primeira sessão do ano, marcada para o dia 1° de fevereiro.

O parlamentar também destacou a falta de informação sobre a parceria com a Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) relatada pela prefeitura. Ele ressaltou a importância do envolvimento do Legislativo em termos de cooperação com a Unifesp, afirmando que qualquer termo nesse sentido deve passar pelo crivo da Câmara.

Por outro lado, a prefeitura de Diadema justificou que já há um acordo de cooperação com a Unifesp para a implantação de um novo observatório. Segundo a administração municipal, o objetivo é criar um espaço que proporcione melhores condições técnicas e de segurança para o ensino de astronomia.

O fundador da Sociedade de Astronomia e Astrofísica de Diadema (SAAD) e idealizador do Observatório, Ozimar Pereira, também se manifestou sobre a demolição, destacando que desde a desativação do prédio em 2012, diversas tentativas para reativar o observatório foram feitas, sem sucesso.

Além do observatório, um centro cultural que existia no local também foi demolido. A prefeitura afirmou que transferiu a estrutura para o Céu das Artes e que o terreno será utilizado para a construção de uma nova creche, atendendo a demanda da comunidade.

Até o momento, a Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) não se pronunciou sobre o assunto. A oposição ao prefeito José de Filippi Júnior segue em busca de esclarecimentos e promete investigar o caso para determinar os responsáveis pela demolição do observatório.

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