Os questionamentos sobre a derrubada do observatório se baseiam no fato de que a administração municipal não comunicou o meio acadêmico e o Conselho do Patrimônio Histórico sobre a decisão. Além disso, o vereador Eduardo Minas afirmou que pretende protocolar um requerimento com pedido de informações para ser apreciado na primeira sessão do ano, marcada para o dia 1° de fevereiro.
O parlamentar também destacou a falta de informação sobre a parceria com a Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) relatada pela prefeitura. Ele ressaltou a importância do envolvimento do Legislativo em termos de cooperação com a Unifesp, afirmando que qualquer termo nesse sentido deve passar pelo crivo da Câmara.
Por outro lado, a prefeitura de Diadema justificou que já há um acordo de cooperação com a Unifesp para a implantação de um novo observatório. Segundo a administração municipal, o objetivo é criar um espaço que proporcione melhores condições técnicas e de segurança para o ensino de astronomia.
O fundador da Sociedade de Astronomia e Astrofísica de Diadema (SAAD) e idealizador do Observatório, Ozimar Pereira, também se manifestou sobre a demolição, destacando que desde a desativação do prédio em 2012, diversas tentativas para reativar o observatório foram feitas, sem sucesso.
Além do observatório, um centro cultural que existia no local também foi demolido. A prefeitura afirmou que transferiu a estrutura para o Céu das Artes e que o terreno será utilizado para a construção de uma nova creche, atendendo a demanda da comunidade.
Até o momento, a Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) não se pronunciou sobre o assunto. A oposição ao prefeito José de Filippi Júnior segue em busca de esclarecimentos e promete investigar o caso para determinar os responsáveis pela demolição do observatório.