Governo debaterá reoneração da folha de pagamentos com lideranças empresariais em fevereiro, afirma ministro do Trabalho.

O ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, anunciou nesta terça-feira, 9, que o governo pretende discutir a reoneração da folha de pagamentos com lideranças empresariais em fevereiro. Ele afirmou que tem até abril para ampliar o diálogo sobre o tema, em uma tentativa de corrigir o rumo da desoneração.

Marinho fez essas declarações após uma reunião com representantes de centrais sindicais, ao lado do secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda, Guilherme Mello. A presença do secretário-executivo da Fazenda, Dario Durigan, estava prevista para o encontro, mas ele não pôde comparecer devido a questões indígenas que estavam sendo discutidas com o presidente Lula da Silva e outros ministros no Palácio do Planalto.

O ministro ressaltou a importância do diálogo e a preocupação do governo com os trabalhadores. Segundo ele, o mercado de trabalho ainda enfrenta fragilidade, com uma alta rotatividade, e a desoneração da folha de pagamentos não tem gerado efeitos positivos na geração de empregos.

Marinho defendeu a necessidade de um diálogo aberto e franco sobre o tema e destacou a importância de ouvir as propostas das lideranças empresariais. Ele afirmou que o governo vai propor uma agenda de discussões para o mês de fevereiro e que até o momento não houve nenhum pedido de mudança da proposta de reoneração.

O secretário de Política Econômica, Guilherme Mello, reforçou a posição da Fazenda de que a equipe econômica considera a reoneração como uma alternativa superior ao modelo atual de desoneração da folha de pagamentos. Ele destacou a importância de construir um modelo alternativo por meio do diálogo e do debate com o Congresso Nacional.

Mello afirmou que estão previstas reuniões em fevereiro para unificar o debate com trabalhadores e o setor empresarial. Além disso, ele expressou a expectativa de que o presidente do Senado, Pacheco, não devolva a medida provisória da reoneração.

O presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Sérgio Nobre, destacou a disposição das centrais sindicais para discutir alternativas à desoneração. Ele ressaltou a importância de encontrar uma proposta de consenso entre governo, trabalhadores e empresas para apresentar ao Congresso. Nobre também mencionou a preocupação com a insegurança dos trabalhadores em relação às demissões e afirmou que aguarda mais dados sobre a desoneração para dialogar com o setor empresarial.

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