Em Londres, o FTSE 100 caiu 0,51% a 7.682,33 pontos, enquanto o índice DAX, em Frankfurt, fechou em queda de 1,47%, a 16.522,43 pontos. Já o CAC 40, em Paris, cedeu 1,66%, a 7.405,67 pontos, e o FTSE MIB, em Milão, registrou uma queda de 1,39%, a 30.100,84 pontos. Na Bolsa de Madri, o índice Ibex 35 caiu 1,23%, a 10.056,60 pontos, e o PSI 20, em Lisboa, fechou em queda de 0,67%, a 6.410,99 pontos.
Essa tendência de baixa nas bolsas europeias acompanhou o sentimento de risco em Nova York, onde o mercado está questionando a possibilidade de cortes de juros pelo Fed no curto prazo. A expectativa é de que a ata do Fed reforce a mensagem de que os juros devem permanecer altos por mais tempo, mas analistas do Citi duvidam que a ata seja tão agressiva nesse sentido.
A intensidade dos cortes de juros também foi um ponto de atenção para os investidores nesta quarta-feira. De acordo com a analista de mercados do City Index, Fiona Cincotta, o mercado pode ter se adiantado quanto à intensidade desses cortes, o que impactou a movimentação das bolsas europeias em um dia com agenda leve na região.
Além disso, o setor de luxo europeu teve baixa atratividade após o UBS alertar para uma possível temporada de balanços com lucros fracos. O sub-índice do Stoxx 600, Luxury 10, registrou uma queda de 2,65%, puxado pelas perdas da gigante de luxo francesa LVMH, que caiu 3,65%.
Em Londres, o FTSE 100 sofreu perdas sobretudo no setor de mineradoras, com Antofagasta (-3,51%), Glencore (-2,68%) e Anglo American (-5,33%) acumulando desvalorização enquanto os retornos dos Gilts de 10 anos continuam em alta, o que diminui o apelo das ações.
Esse panorama reflete a cautela dos investidores diante da expectativa em relação à política monetária do Fed, o que impactou diretamente a movimentação das bolsas europeias no pregão desta quarta-feira. A tendência é aguardar as próximas movimentações do mercado e as indicações que serão reveladas na ata do Fed.
