Vítimas do ligamento cruzado anterior: desafios de atletas olímpicos na recuperação de lesões

Um problema que costuma tirar o sono de muitos atletas de alto rendimento, de diferentes modalidades esportivas, é a lesão no ligamento cruzado anterior (LCA) do joelho. Um problema delicado, que exige muito esforço na reabilitação e pode ameaçar o futuro de carreiras. Neymar, Rebeca Andrade, Luísa Stefani, Natan Micael e Gizele Dias são alguns dos nomes que passaram por isso.

Marco Demange, do Instituto de Ortopedia e Traumatologia (IOT) do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP), explicou que o LCA é responsável por evitar que o joelho desloque para frente, impedindo que a tíbia vá para frente e estabilizando a rotação. Isso torna o ligamento vulnerável a rupturas, principalmente em esportes de impacto e que exijam movimentos bruscos.

O médico também explicou que o processo de recuperação de uma lesão de LCA varia de nove meses a um ano e envolve fisioterapia e o retorno gradual às atividades esportivas. Outra novidade que tem sido estudada são os benefícios da medicina hiperbárica, que proporciona uma recuperação mais rápida e eficaz para a formação e resistência do ligamento reconstruído.

O caso de Gizele Dias, que teve uma lesão muito grave no joelho, é um exemplo de como a lesão pode mudar a vida do atleta e a maneira como ele pratica o esporte. Mesmo após a cirurgia, Gizele não poderia mais praticar o vôlei tradicional, mas encontrou seu lugar no vôlei sentado e se tornou uma atleta de alto rendimento, medalhista de bronze nas últimas duas Paralimpíadas. No entanto, apesar de ter superado a adversidade, Gizele ainda precisa de cuidados especiais para se movimentar na quadra.

Natan Micael, jogador de handebol, também deu seu depoimento sobre toda a dor e o processo de recuperação após a lesão. Ele enfatizou a importância do trabalho preventivo para evitar novas lesões e como a confiança no joelho após a lesão não será um problema, mas sim a adaptação a uma nova realidade.

Portanto, as lesões no LCA não são apenas um obstáculo físico, mas também emocional, que exige muito esforço, disciplina e cuidado para superar. E o esporte paralímpico tem sido uma alternativa para muitos atletas que tiveram suas carreiras impactadas por essa lesão.

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