Vaticano aprova bênção a casais homoafetivos, gerando divisões no mundo evangélico em relação à decisão histórica.

A decisão do Vaticano de autorizar que padres abençoem casais homossexuais foi encarada de forma divergente pela comunidade evangélica de direita. Enquanto alguns enxergam o gesto como uma afronta aos princípios da Bíblia, outros veem como uma oportunidade para captar fiéis insatisfeitos com a postura mais inclusiva da Igreja Católica.

O papa Francisco, por mais que enfrente divisões internas, é o líder máximo da maior instituição cristã do mundo, o que coloca os católicos conservadores em uma posição delicada. Aqueles que discordam da decisão papal têm a opção de migrar para igrejas evangélicas, que tendem a ter uma postura menos tolerante em relação aos direitos LGBTQIA+.

O pastor Silas Malafaia foi um dos que manifestaram sua indignação em relação à decisão do papa, afirmando que abençoar relacionamentos homossexuais não condiz com os ensinamentos cristãos. O pastor André Valadão também criticou a atitude de Francisco, negando que o pontífice seja verdadeiramente um crente.

Entretanto, nem todos os líderes evangélicos adotaram a mesma postura. O pastor Hermes Fernandes, por exemplo, defendeu a decisão do papa, enxergando Francisco como um mensageiro do futuro que desafia a sociedade a avançar em direção a um mundo mais justo e igualitário. No entanto, tanto Fernandes quanto Malafaia concordam que a decisão do papa pode aumentar a transição de fiéis católicos para o evangelicalismo.

A decisão do Vaticano, portanto, não apenas gerou divisões dentro da igreja católica, mas também ecoou entre os evangélicos, colocando em questão a postura das igrejas em relação à diversidade sexual e de gênero. E, mesmo que as opiniões sobre a decisão do papa sejam divergentes, a influência desse gesto na dinâmica religiosa é inegável.

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