A Associação Médica Brasileira (AMB) alerta que a maioria dos cigarros eletrônicos contém nicotina, uma droga psicoativa que é responsável pela dependência. A Anvisa abriu uma consulta pública para ouvir a opinião da sociedade sobre a liberação dos cigarros eletrônicos, que ficará disponível para participação até 9 de fevereiro de 2024.
Em entrevista à TV Brasil, o médico e coordenador do Centro de Apoio ao Tabagista, Alexandre Milagres, se posicionou contra a regulamentação do dispositivo no Brasil. Ele acredita que a indústria tabagista está interessada na legalização dos cigarros eletrônicos para tentar recuperar a perda de clientes para o tabaco tradicional.
Segundo Milagres, a indústria difundiu a ideia de que o cigarro eletrônico é menos prejudicial à saúde devido à perda de milhões de clientes anualmente, seja por mudanças culturais ou mortes relacionadas ao tabagismo. Ele alerta que os cigarros eletrônicos contêm nicotina líquida com forte poder aditivo, além de outras substâncias tóxicas e cancerígenas.
A AMB também destaca que cada pod do cigarro eletrônico equivale a 20 tragadas de um fumante de cigarros convencionais, o que ressalta o potencial de vício e os riscos à saúde. Portanto, a organização reforça a importância de conscientizar a população sobre os perigos dos cigarros eletrônicos e implementar medidas para reduzir seu uso.
Diante das preocupações levantadas pela OMS, AMB e outros especialistas, é crucial que as autoridades de saúde no Brasil e em outros países ajam para controlar e combater o uso dos cigarros eletrônicos. A atenção e os esforços dedicados a essa questão são fundamentais para proteger a saúde pública e prevenir os danos causados por esses dispositivos.