Divergências entre governo do Estado e prefeitura de São Paulo marcam políticas de tarifas de transporte público

Após mais de uma década de alinhamento, o governo de São Paulo e a prefeitura da capital paulista decidiram adotar políticas distintas em relação às tarifas de transporte público. Enquanto o valor das viagens de ônibus municipais não sofrerá reajuste em 2024 e terá um dia de gratuidade aos domingos, o governo estadual anunciou que as tarifas do transporte por trilhos irão aumentar de R$ 4,40 para R$ 5 a partir de janeiro de 2024.

De acordo com o governo, o reajuste das tarifas é menor do que a inflação acumulada desde janeiro de 2020, quando foi feito o último aumento, o que totaliza 28,4% no período. A elevação de R$ 0,60 representa uma revisão de 13,6%. Essas mudanças vêm após um ciclo de reajustes das tarifas do transporte público que havia reduzido desde os protestos de 2013, quando o reajuste provocou uma onda de manifestações em São Paulo e outras capitais.

Em relação à tarifa zero, durante anos foi uma reivindicação do movimento social que puxou os protestos de 2013. Cidades cada vez maiores têm adotado a medida, com São Caetano do Sul, na Região Metropolitana de São Paulo, já tendo eliminado as tarifas do transporte público há um mês.

Na capital paulista, a gratuidade aos domingos não trará aumento de custos, mas será uma compensação pela ociosidade do sistema, que chega a 60% do contratado. Nesse dia da semana, aproximadamente 2,2 milhões de pessoas usam os ônibus municipais. Além disso, o número de diário de passageiros em São Caetano do Sul passou de 25 mil para 52 mil desde a implementação das catracas livres.

Essas mudanças nas políticas de tarifas de transporte público em São Paulo representam um rompimento de um ciclo de reajustes acima da inflação, que vinha ocorrendo desde 2013. Com isso, a população tem experimentado um alívio nos custos de deslocamento e uma maior acessibilidade aos sistemas de transporte.

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