A relação entre a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) e as entidades máximas do futebol mundial e sul-americano, Fifa e Conmebol, está estremecida. Tudo começou quando o presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, foi afastado de suas funções por decisão judicial. Em resposta, a Fifa e Conmebol emitiram um comunicado expressando sua insatisfação e ameaçando punições caso a interferência judicial na gestão da CBF seja mantida.
De acordo com o comunicado, a Fifa e a Conmebol destacaram que a CBF tem a obrigação de gerir seus assuntos de forma independente e sem influência indevida de terceiros, conforme os estatutos das entidades. Além disso, as entidades sinalizaram que, caso as ações tomadas pelas autoridades judiciais sejam consideradas como interferência indevida, a Fifa e a Conmebol serão obrigadas a aplicar as sanções relevantes sobre a CBF.
Diante desse cenário, José Perdiz de Jesus, o interventor e presidente em exercício da CBF, afirmou que fará ‘mínima interferência desportiva’. Ele teria 30 dias para realizar eleições na entidade, mas a Fifa e Conmebol pediram que um novo pleito só ocorra após uma visita ao Brasil, prevista para janeiro. Segundo as entidades, é necessário realizar essa visita para examinar a situação e discutir o assunto com as partes interessadas, permitindo a tomada de decisões respeitando os estatutos da CBF e a autonomia da associação membro.
Além disso, a nota das entidades indicou que Hélio Santos Menezes, Diretor de Governança e Compliance da CBF, seria a única pessoa autorizada a falar pela entidade no momento, por ser o diretor mais antigo, segundo os Estatutos da CBF.
Diante dessa situação, a relação entre a CBF e as entidades internacionais se encontra em um momento delicado, com a possibilidade de punições por parte da Fifa e Conmebol caso a interferência judicial persista na gestão da entidade máxima do futebol brasileiro.
