Comissão de Infraestrutura aprova indicação de Caio Mário Trivellato Seabra Filho para diretor da Agência Nacional de Mineração.

A Comissão de Infraestrutura (CI) aprovou, nesta quarta-feira (13), a indicação de Caio Mário Trivellato Seabra Filho para o cargo de diretor da Agência Nacional de Mineração (ANM). A mensagem com a indicação da Presidência da República teve relatório favorável do senador Carlos Fávaro (PSD-MT). Seabra Filho recebeu 16 votos favoráveis e 7 contrários para ocupar a vaga de Ronaldo Jorge da Silva Lima, que encerra seu mandato na ANM. Na avaliação do sabatinado, os maiores desafios para o órgão são segurança jurídica, melhorias nos processos de decisão e foco na fiscalização.

Seabra Filho é graduado em direito pela Faculdade Milton Campos, de Belo Horizonte. Tem especialização em direito ambiental e mestrado em direito pela mesma instituição. Desde janeiro de 2020, trabalha na ANM, onde já exerceu os cargos de superintendente de Ordenamento Mineral e Disponibilidade de Áreas e de assessor de Conflitos da Diretoria Colegiada. Desde maio deste ano, exerce, interinamente, a função de diretor da agência. Paralelamente, exerce, desde 2017, atividades de docência na área de mineração.

O senador Carlos Viana (Podemos-MG), que havia sido designado relator em novembro, criticou a transferência do relatório para Carlos Fávaro. Segundo Viana, o candidato tinha pendências nas documentações exigidas pelo Senado e por isso ele pediu mais tempo para apresentar seu relatório. Mas o nome de Seabra Filho, na opinião de Viana, foi submetido à votação por “pressões econômicas”.

Em resposta ao senador Rodrigo Cunha (Podemos-AL), o indicado afirmou que para evitar novos problemas ambientais e sociais urbanos como os causados pela exploração mineral da petroquímica Braskem na cidade de Maceió, a ANM precisa aumentar a fiscalização e criar protocolos claros.

A extração do mineral sal-gema ocorre desde os anos 1970 nos arredores da Lagoa Mundaú, na capital alagoana. Desde 2018, os bairros próximos às operações vêm registrando danos estruturais em ruas e edifícios, com afundamento do solo e crateras. As atividades de extração foram encerradas em 2019, mas os danos podem levar anos para se estabilizarem. O Senado instalou, também nesta quarta-feira (13), uma comissão parlamentar de inquérito para investigar a responsabilidade da Braskem nos danos ocorridos na capital alagoana.

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