A intenção é que os países usem o novo relatório como base para revisar suas metas climáticas, que devem ser apresentadas em 2025. O processo de revisão das metas será conduzido pelo Brasil, que presidirá a COP30 em Belém, daqui a dois anos.
Se acolhida, a proposta de tornar as metas climáticas nacionais proporcionais às responsabilidades de cada país sobre a crise climática é o que pode preencher a lacuna entre as metas atuais e o compromisso necessário para conter o aquecimento global. No entanto, o Brasil espera encontrar resistência dos maiores emissores, principalmente do bloco desenvolvido.
Além da proporcionalidade às emissões históricas, o Brasil defende que as novas metas climáticas também devem se alinhar ao objetivo de conter o aquecimento global em torno de 1,5°C – um compromisso maior do que o assinado no Acordo de Paris, quando os países concordaram com uma janela de contenção do aquecimento de 1,5°C até 2°C.
Essa proposta ganhou destaque durante a COP28, conferência do clima da ONU, e o Brasil tem grandes expectativas de que ela seja acolhida e implementada. A presidência da COP30 em Belém, daqui a dois anos, abre a oportunidade para o Brasil liderar e impulsionar a discussão sobre as metas climáticas globais e a responsabilidade histórica de cada nação em relação às emissões de gases estufa.
A proposta brasileira reflete a busca por um compromisso mais ambicioso e alinhado com a urgência climática atual. A expectativa é que a discussão em torno desse tema continue avançando e que as nações encontrem pontos de convergência para enfrentar a crise climática.