Dólar abre em alta com preocupações sobre a economia da China e demanda de fim de ano, apesar do PIB brasileiro melhor que o esperado

O dólar teve uma abertura positiva no mercado à vista nesta terça-feira, 5, com um viés de alta impulsionado por preocupações em relação à economia da China e pela demanda sazonal de fim de ano de empresas para remessas ao exterior. A queda dos rendimentos dos Treasuries também influenciou a movimentação da moeda americana, que chegou a exibir um viés de baixa em um momento pontual.

Além disso, os juros futuros também operam em alta, refletindo o resultado do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil no terceiro trimestre, que veio melhor do que o esperado, com alta de 0,1% ante o segundo trimestre de 2023. Esse resultado contrariou as previsões de analistas, que esperavam uma queda de 0,2%, consolidando a percepção de que não há espaço para o Banco Central acelerar o ritmo de corte da Selic.

Na comparação com o terceiro trimestre de 2022, o PIB apresentou alta de 2,0%, também superando as expectativas, o que pode influenciar as decisões do Banco Central nas próximas reuniões.

Por outro lado, na China, a Moodys rebaixou a perspectiva do rating do país de estável para negativa, alertando para o risco de piora fiscal do governo chinês. Além disso, os preços das commodities em baixa também têm contribuído para a valorização da moeda americana. O minério de ferro caiu 1,31% em Dalian, na China, e o barril de petróleo do tipo WTI perdia 0,16%, a US$ 72,92.

Às 9h32, o dólar à vista subia 0,27%, atingindo R$ 4,9627. Enquanto isso, o dólar para janeiro de 2024 ganhava 0,38%, chegando a R$ 4,9730.

Portanto, a dinâmica do mercado cambial nesta terça-feira é marcada por uma série de fatores, tanto internos quanto externos, que estão impactando a cotação do dólar em relação ao real. Essa volatilidade pode continuar ao longo do dia, conforme os investidores monitoram notícias sobre a economia global e reagem a eventos e dados econômicos relevantes.

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