Brasil mantém crescimento em meio a cenário externo adverso, segundo diretor do Banco Central.

O diretor de Política Monetária do Banco Central, Gabriel Galípolo, fez declarações nesta quinta-feira, 30, sobre o crescimento do Brasil este ano, destacando a dificuldade de explicar o cenário atual. Mesmo com a inflação em queda, uma taxa de juros restritiva e um cenário externo adverso, o país tem apresentado crescimento. Segundo ele, uma combinação de vantagens comparativas, como a política monetária apertada no início do ano, as reservas internacionais, o forte superávit comercial e o fato de ser exportador líquido de petróleo, tem mantido o Brasil competitivo.

Durante um evento organizado pelo JPMorgan em São Paulo, Galípolo enfatizou que a inflação vem se comportando bem no país, reforçando a importância de “parcimônia e serenidade” na condução da política monetária e afirmando que a autoridade monetária continua dependente de dados. Além disso, ele lembrou que o Ministério do Planejamento tem realizado estimativas sobre produtividade e o PIB potencial do Brasil.

O diretor também comentou sobre o cenário externo, afirmando que desde o início do ano já se esperava que a economia doméstica teria um bom desempenho em 2023, apesar dos desafios externos. Ele ressaltou que, do ponto de vista do cenário externo, este seria um ano desafiador, mas mais benigno do ponto de vista doméstico.

Galípolo, que já atuou como secretário executivo do Ministério da Fazenda, analisou que o cenário externo se revelou desafiador para adverso este ano, com abertura de pontos-base no rendimento das Treasuries e a guerra entre Israel e Hamas no Oriente Médio. No entanto, ele observou que variáveis importantes para o Banco Central, como os preços do petróleo e a taxa de câmbio, se comportaram bem.

As declarações do diretor de Política Monetária do Banco Central refletem um panorama desafiador e complexo para a economia brasileira, ressaltando a importância de fatores internos e externos que estão influenciando o crescimento do país. A análise de Galípolo demonstra a necessidade de equilíbrio e cautela na condução da política monetária, levando em consideração o contexto tanto nacional quanto internacional. Este posicionamento traz à tona a importância de uma abordagem ponderada e estratégica para garantir a estabilidade e o desenvolvimento econômico do Brasil.

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