De acordo com levantamento da CNC, os segmentos de eletroeletrônicos e utilidades domésticas, com um faturamento previsto de R$ 1,28 bilhão, e de móveis e eletrodomésticos, com R$ 1,05 bilhão, deverão responder por quase metade (48%) do faturamento total do evento. Em seguida, aparecem os ramos de hiper e supermercados, com R$ 1,02 bilhão, e de vestuário, calçados e acessórios, com R$ 0,73 bilhão.
Um dos fatores que devem impulsionar as vendas é a desaceleração da inflação, que está em 3% neste ano, contra 9,7% no mesmo período do ano passado. Além disso, a valorização de 7,5% do real em relação ao dólar contribuiu para estratégias mais agressivas de preços por parte dos varejistas. Os cortes recentes na taxa básica de juros, realizados pelo Banco Central, que favorecem o crédito, também devem motivar as compras, principalmente de bens duráveis como geladeira, televisão e celular.
De acordo com a pesquisa da CNC, os produtos mais procurados pelos consumidores na internet nos últimos 30 dias incluem aparelhos de ar condicionado, cujas buscas cresceram 177%. No entanto, o preço desses aparelhos subiu 2,9% nos últimos 40 dias. Outros produtos muito procurados incluem videogame, televisão e fogão, que apresentaram quedas nos preços.
A Black Friday tem apresentado crescimento consecutivo desde 2017 e atualmente é a quinta data mais importante para o comércio, ficando atrás apenas do Natal, Dia das Mães, Dia das Crianças e Dia dos Pais. A partir de 2020, o evento registrou um crescimento mais acentuado, devido à intensificação do comércio online e à facilidade de consulta e comparação de preços pela internet.
Com base nessas projeções e tendências, a expectativa é de que a Black Friday de 2023 seja uma das mais movimentadas e lucrativas para o comércio brasileiro.
