“A decisão conjunta de Espanha, Noruega e Irlanda de reconhecer a Palestina como um Estado é histórica por duas razões. Faz justiça em relação ao pleito de todo um povo, reconhecido por mais de 140 países, por seu direito à autodeterminação. Além disso, essa decisão terá efeito positivo em apoio aos esforços por uma paz e estabilidade na região. Isso só ocorrerá quando for garantida a existência de um Estado Palestino independente”, declarou Lula em suas redes sociais.
Ele também ressaltou que o Brasil foi um dos pioneiros na América Latina a reconhecer o Estado da Palestina em 2010, delimitando suas fronteiras de acordo com as fronteiras de 1967, incluindo a Faixa de Gaza, a Cisjordânia e Jerusalém Oriental como capital.
A oficialização do reconhecimento pelos países europeus está marcada para o próximo dia 28. O primeiro-ministro espanhol, Pedro Sánchez, explicou que a medida tem como objetivo acelerar os esforços para alcançar um cessar-fogo na guerra entre Israel e o grupo palestino Hamas, que controla a Faixa de Gaza.
No entanto, a decisão política gerou a retirada dos embaixadores de Israel da Espanha, Irlanda e Noruega. O governo de Benjamin Netanyahu se opõe ao reconhecimento unilateral de um Estado palestino, alegando que essa ação representaria uma espécie de recompensa ao ataque do Hamas em outubro de 2023.
O conflito entre Israel e Hamas tem raízes antigas e tem como pano de fundo a disputa por territórios historicamente ocupados por diferentes povos. O recente ataque do Hamas a Israel resultou em uma série de mortes e reféns, desencadeando uma violenta ofensiva militar israelense em Gaza, que também dificulta a entrada de ajuda humanitária na região e já causou milhares de mortos e feridos.
Sendo assim, o reconhecimento do Estado Palestino por parte de Espanha, Irlanda e Noruega representa um passo significativo na direção da paz e da estabilidade na região, apesar da oposição de Israel e das complexidades do conflito no Oriente Médio.