A iniciativa, que ocorre a cada dois anos, envolve professores e alunos do nono ano do ensino fundamental até o último ano do ensino médio, além de professores de diversas universidades do Brasil como avaliadores. Como novidade, foi convidado o Instituto Federal do Pará (IFPA), em função do tema escolhido. A competição científica conta com recursos do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, por meio do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).
As atividades da Obrac 2023 tiveram início entre julho e outubro deste ano, com provas teóricas e práticas, e envolveram visitas técnicas, minicursos, prova de corrida de orientação, premiação e encerramento. A exposição dos mapas confeccionados pelas equipes participantes nas primeiras fases está hospedada no portal online IVIDES.org.
Neste ano, o foco do mapeamento realizado pelos alunos foi na biodiversidade, potenciais e desafios da região, incluindo questões relacionadas à cultura indígena, riquezas da floresta e problemas com mineração. A professora Angélica Di Maio, diretora do Instituto de Geociências da UFF, destacou a importância de trazer temas de interesse para discussão nas escolas.
A competição envolveu cerca de quatro mil alunos de escolas de todo o Brasil, divididos em equipes de quatro alunos e um professor. A intenção é conscientizar os estudantes sobre os acontecimentos no mundo, na sociedade e no país, para que possam interferir de forma positiva.
Segundo a diretora do Instituto de Geociências da UFF, a competição proporciona aprendizado e desdobramentos positivos, fornecendo acesso a ferramentas de geotecnologia e programas de computador que normalmente só seriam oferecidos na universidade.
A Amazônia Legal, região escolhida como foco da Obrac 2023, corresponde a mais da metade do território brasileiro e engloba oito estados: Acre, Amapá, Amazonas, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins, além de parte do Maranhão. Mais de 50% da população indígena brasileira reside nessa área.
A Obrac visa, portanto, promover o aprendizado interativo, instigando os alunos a se envolverem com questões reais e relevantes para o país, contribuindo para uma educação de qualidade e conscientizando sobre a importância da preservação e conhecimento da região amazônica.
